"I'm unclean... A Libertine.
You're never seen the lonely in me at all.
But Without you, I'm Nothing"
-Placebo-
Meu nome é Annabel Lee. Essa é uma breve história sobre a minha passagem pela França há anos atrás.
Após uma exaustiva viagem à cavalo, cheguei na pequena cidade do Languedoc em 18 de Outubro de 1105, sob os olhares violentos e curiosos de uma pequena população supersticiosa. De lá, parti para a pacata comunidade de Albi.
Naquela cidade, existia um povo demasiado respeitoso. Eles, em duplas a cavalo, espalhavam sua doutrina por toda a região. Tais homens eram chamados de Cavaleiros Brancos. Eram dotados de profundo saber filosófico, enchiam a cidade de paz...
O mundo passava por mudanças aterradoras. Com a conquista dos Romanos sobre vastos territórios, estes então expandiram seus tentáculos sobre a mente e o espírito de toda a Europa, com sua Igreja Católica Apostólica Romana. Durante anos, seu domínio foi absoluto. Porém, com o súbito crescimento econômico da cidade de Albi e a aparente independência que possuíam, algo assustou o Papa, que induziu o Estado a instituir a Sacra Inquisição.
Havia na cidade um Albigense chamado Louis Adam. Louis tinha pele clara , olhos e cabelos negros que batiam em seus ombros. Um jovem caridoso e doce, que infelizmente, cedia fácil às emoções e acabava por falar mais do devia. Foi capturado pela Inquisição em 14 de Setembro de 1108. Sofrendo inimagináveis torturas, foi forçado a admitir diante da Inquisição atos de heresia.
A morte de Louis ocorreu em praça pública, no centro da pequena cidade, despontando o terror na população.
Daí em diante as perseguições só aumentaram, espalhando-se sobre a Terra. Em pouco tempo, as pessoas passaram a ficar tão aterrorizadas, tão perdidas e confusas, que filho se voltava contra o pai, e o pai voltava-se contra o filho, como dizia o livro das Revelações.
A Era Negra da Humanidade.
Deixei a cidade de Albi, logo após constatar que nesta Terra, independente da Iluminação de poucos, a escuridão da ignorância e malevolência humana era predominante e a dualidade era covarde.
Fui morta em 1118, no Império Romano, quando descobriram que esperava uma criança do jovem Louis. Óbvio que, como a mulher errante que era, facilmente despertei suspeitas.
Tive medo do julgamento. Por isso resisti ao interrogatório o quanto pude. O Dama de Ferro foi o instrumento escolhido para induzir minha "confissão". Sempre me surpreendeu a criatividade dotada pelos fanáticos para causar a dor. Após minha dita confissão do que seja lá o que eles me acusaram, fui presa com mais 4 mulheres em uma jaula de material pesado e jogada em um profundo rio nas fronteiras do Império.
Deixei então esse mundo sob as águas, como se o próprio ar se consumisse, predominando a densidade gélida daquele limbo. Um enorme abismo de água, me engolindo em sua imensidão trazendo à minha mente a dor mais indescritível e insuportável. A dor que liberta o espírito.
Havia na cidade um Albigense chamado Louis Adam. Louis tinha pele clara , olhos e cabelos negros que batiam em seus ombros. Um jovem caridoso e doce, que infelizmente, cedia fácil às emoções e acabava por falar mais do devia. Foi capturado pela Inquisição em 14 de Setembro de 1108. Sofrendo inimagináveis torturas, foi forçado a admitir diante da Inquisição atos de heresia.
A morte de Louis ocorreu em praça pública, no centro da pequena cidade, despontando o terror na população.
Daí em diante as perseguições só aumentaram, espalhando-se sobre a Terra. Em pouco tempo, as pessoas passaram a ficar tão aterrorizadas, tão perdidas e confusas, que filho se voltava contra o pai, e o pai voltava-se contra o filho, como dizia o livro das Revelações.
A Era Negra da Humanidade.
Deixei a cidade de Albi, logo após constatar que nesta Terra, independente da Iluminação de poucos, a escuridão da ignorância e malevolência humana era predominante e a dualidade era covarde.
Fui morta em 1118, no Império Romano, quando descobriram que esperava uma criança do jovem Louis. Óbvio que, como a mulher errante que era, facilmente despertei suspeitas.
Tive medo do julgamento. Por isso resisti ao interrogatório o quanto pude. O Dama de Ferro foi o instrumento escolhido para induzir minha "confissão". Sempre me surpreendeu a criatividade dotada pelos fanáticos para causar a dor. Após minha dita confissão do que seja lá o que eles me acusaram, fui presa com mais 4 mulheres em uma jaula de material pesado e jogada em um profundo rio nas fronteiras do Império.
Deixei então esse mundo sob as águas, como se o próprio ar se consumisse, predominando a densidade gélida daquele limbo. Um enorme abismo de água, me engolindo em sua imensidão trazendo à minha mente a dor mais indescritível e insuportável. A dor que liberta o espírito.
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